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Operários paralisam obras dos estádios da Copa em Pernambuco e Brasília

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Exigindo melhores salários e condições de trabalho, operários das obras da Arena Pernambuco e no Estádio Nacional em Brasília entram em greve. Os trabalhadores pernambucanos cruzaram os braços nesta quinta-feira (3/11) após decisão em assembléia na tarde antes do feriado. Já as obras no Distrito Federal estão paralisadas há nove dias, desde 26 de outubro.

De acordo com levantamento da Campanha pelo Trabalho Decente antes e depois de 2014, uma iniciativa da Federação Internacional dos Trabalhadores da Construção e Madeira (ICM da sigla em inglês), os estádios para da Copa das Confederações em 2013 ou para Copa do Mundo de 2014 já foram palco de 10 greves ou paralisações antes destas em Pernambuco e Brasília.

Até o final de outubro os trabalhadores das obras dos estádios do Castelão, em Fortaleza, da Arena Pantanal, em Cuiabá, e da própria Arena Pernambuco já haviam feito pelo menos uma paralisação. No palco da final da Copa do Mundo de 2014, o novo estádio do Maracanã, ocorreram duas greves em menos de um mês, a primeira delas o estopim foi um grave acidente de trabalho e a segunda em função do fornecimento de comidas estragadas aos trabalhadores. No Mineirão ocorreram mais duas paralisações que somaram 10 dias.

Foram duas greves também na Arena Grêmio, estádio que concorre para participar na Copa das Confederações e até para ser sede dos jogos na capital gaúcha com os problemas na reforma da Arena Beira Rio. As obras em Porto Alegre chegaram a ser interditadas pelo Ministério do Trabalho devido às condições insalubres em que estavam os trabalhadores.

As principais reivindicações nas greves são aumentos salariais, benefícios sociais, melhores condições de trabalho, aumento no valor das cestas básicas, seguro de saúde e melhores alojamentos para os trabalhadores provenientes de outros estados. “Mais do que exigir salários astronômicos, se torna cada vez mais comum exigir ao menos salários equiparados às médias pagas no setor da construção. Mais do que exigir caviar, exigiu-se o fornecimento de comida adequada, fresca, no local de trabalho”, avaliam os representantes da Campanha pelo Trabalho Decente.

 

Segunda greve em Permambuco
Operários que trabalham na construção da Arena Pernambuco paralisaram mais uma vez os trabalhos no local nesta quinta-feira (3). É a segunda vez em menos de um mês que as obras do estádio em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife, são interrompidas. Os 1.500 trabalhadores reclamam, além de reajuste salarial, de assédio moral por parte dos superiores, em especial do encarregado da segurança das obras.

A demissão de dois membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) foi o estopim para o início da greve.

 

 

Nove dias parados
Os cerca de três mil operários da construção do futuro Estádio Nacional estão parados há nove dias para reivindicar aumento no valor da hora extra e melhores condições de trabalho. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (STICMB) vem tentando chegar a um acordo com o Consórcio Brasília, formado pelas construtoras Andrade Gutierrez e Via Engenharia e responsável pela obra. Porém, os acordos não foram aceitos pelos trabalhadores da obra que preferiram manter a greve. Pelo menos 500 operários foram recrutados em estados do nordeste e vieram para Brasília especialmente para trabalahr na obra.

Um dos acordos já firmados entre o STICMB com o consórcio é quanto a comida oferecia aos trabalhadores. As empresas concordaram em melhorar a qualidade da comida fornecida.

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