O australiano John Coates, vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) recuou em relação às recentes críticas à organização dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Nesta quinta-feira (1/5) ele divulgou uma nota de retratação em que declara que “acredita que o povo do Brasil pode sediar uma excelente Olimpíada em 2016”.

O dirigente, que acompanha as organizações dos Jogos Olímpicos há 40 anos e foi chefe do comitê organizador local da edição de Sydney em 2000, dissera na última terça-feira (29/4), durante um fórum olímpico na Austrália, que os preparativos para a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro são os “piores” que ele já viu na história recente dos jogos. “Acho que a situação é pior do que em Atenas (em 2004). Até agora, os preparativos da capital grega haviam sido os piores que eu já vi.”

Coates também afirmou que por conta da Copa do Mundo, “ninguém [do governo] é capaz de dar respostas neste momento”. Além disso, ele explicou que o COI está adotando uma “postura de ‘mãos na massa’, o que é sem precedentes (na história da instituição), mas não há plano B. Nós estamos indo para o Rio”.

As críticas de Coates tiveram um grande impacto na mídia interacional o que motivou respostas rápidas do COI e do Comitê Organizador da Rio 2016.

Em nota divulgada à imprensa no mesmo dia 29/4, a organização brasileira da olímpiada escreveu que “Já passamos da hora em que discussões genéricas sobre o progresso da preparação possam contribuir com a evolução da jornada rumo aos Jogos. É tempo de focarmos mais no trabalho e no engajamento. Temos uma missão histórica: organizar os primeiros Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Brasil e da América do Sul. Vamos cumpri-la. Em 2016 o Rio organizará Jogos excelentes que serão entregues absolutamente dentro do prazo e dos orçamentos já anunciados.”

O Diretor de Comunicação do COI também divulgou nota em que afirma estar satisfeito com o progresso das obras e as respostas positivas dos governos da cidade e Estado do Rio de Janeiro.

Leia a nota de retratação de John Coates, em inglês, na íntegra