Ação de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou inadequação de orçamento e contrato nas obras de construção do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O empreendimento funcionará como laboratório de análises antidoping durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 e, posteriormente, será revertido, em parte, ao Instituto de Química da UFRJ.

A análise do TCU apontou o que pode ser o chamado “jogo de planilha” nas contas da empresa. Esse mecanismo, de acordo com o relator do processo, ministro Raimundo Carreiro, pode reduzir o desconto global obtido inicialmente na concessão.

O TCU também apontou que a empresa contratada não está realizando a obra com os três turnos de trabalho, como aparece no contrato. A utilização de apenas dois turnos pode, segundo o tribunal, provocar atrasos na realização da obra.

O tribunal ainda reclamou do excessivo aumento valor da Obra. Quando foi planejado pelo Ministério do Esporte, o Ladetec custaria R$ 29,6 milhões. A licitação acabou sendo feita por R$ 85,2 milhões. O TCU entende que isso não é um problema de superfaturamento, mas da mudança de concepção do equipamento, mas avalia que “a excessiva variação evidencia a falha de planejamento”.

Entre as sugestões no relatório está a proposta de que a UFRJ que mantenha atualizado seu com informações das diversas obras geridas por aquela Universidade, nos moldes do que ocorre no portal Copa Transparente

Complexo Deodoro
No mesma fiscalização, o TCU analisou o complexo esportivo de Deodoro, na zona oeste do Rio, que vai receber a disputa de sete modalidades nos Jogos de 2016. Para o órgão, “há atrasos injustificáveis” nas obras para construção e “em alguns casos, as obras terão conclusão posterior à realização dos eventos-teste previstos pelo COI”.