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Quem deve pagar pelas estruturas temporárias da Copa do Mundo de 2014?

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Luís Fernando Menescal, chefe da CGU no Ceará, Juraci Muniz Junior, do TCM-CE, Caio Magri, Instituto Ethos, e Ferrucio Feitosa, secretário especial da Copa 2014 do Estado do Ceará, participaram de debate em Fortaleza.. Foto: Tiago Alencar/Instituto Ethos

Luís Fernando Menescal, chefe da CGU no Ceará, Juraci Muniz Junior, do TCM-CE, Caio Magri, Instituto Ethos, e Ferrucio Feitosa, secretário especial da Copa 2014 do Estado do Ceará, participaram de debate em Fortaleza.. Foto: Tiago Alencar/Instituto Ethos

Prefeituras e governos estaduais gastaram R$ 229,7 milhões com estruturas temporárias durante a Copa das Confederações em junho deste ano. Esse investimento governamental motivou ação recente do Ministério Público e foi um dos temas tratados no seminário Transparência na Copa 2014 em Fortaleza: Como está esse jogo?

O seminário foi realizado pelo Instituto Ethos por meio do projeto Jogos Limpos, na capital cearense, no último dia 24. Quem trousse a questão para o debate foi Caio Magri, gerente de Políticas Públicas do Instituto Ethos. “Essa ação do ministério público pode criar um novo padrão, e evitar gastos desnecessários com a realização da Copa do Mundo de 2014. Qual a posição das duas instituições sobre essa questão”, perguntou Magri aos outros debatedores.

Luís Fernando Menescal, chefe da Controladoria Geral da União no Ceará, declarou que não poderia fazer se posicionar sobre a ação do MP, já que recursos não tem origem na União. Juraci Muniz Junior, diretor geral do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará, segui a mesma linha de raciocínio, em relação a jurisprudência, mas afirmou que caso exista investimento municipal, Tribunal vai julgar a questão com “especial atenção em relação ao Interesse público e a real necessidade das instalações temporárias”.

Para o secretário especial da Copa 2014 do Estado do Ceará, Ferrucio Feitosa, responsável pelas obras no Estádio do Castelão, que recebeu jogos da Copa das Confederações, “não foi FIFA que pediu para fazer a Copa no Brasil, mas o Brasil que quis ser candidato e entrar nessa disputa”. Ele questiona a informação dos procuradores de que em outros países, a FIFA teria pago por essas estruturas. “Quando estive com pessoas da Alemanha, eles me disseram que eles pagaram. Quando encontrei pessoas da África do Sul, eles me disseram que foram eles que pagaram”, contou.

“Quero destacar que o Estado do Ceará foi criterioso e cuidadoso com os gastos com as estruturas temporárias. Estamos entre os Estados que menos gastaram com essas estruturas.”, disso. Feitosa acredita que a situação das instalações temporárias para a Copa de 2014 não são tão diferentes das estruturas montadas no Sambódromo do Rio de Janeiro para o Carnaval ou para os shows nas festas da virada do ano, que acontecem em muitas cidades pelo Brasil. “Existem eventos que precisam de algumas construções temporárias para acontecer”, defendeu.

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