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Polícia Civil indicia nove pessoas por acidente na Arena Corinthians

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A queda do guindaste que matou duas pessoas que trabalhavam na construção da Arena Corinthians em novembro de 2013 foi provocada por falha humana, segundo investigação da Polícia Civil. N o último dia 15/7, o órgão indiciou nove pessoas por responsabilidade no acidente.

Os nomes não foram divulgados, mas Luiz Antonio da Cruz, delegado responsável pelo caso, informou que sete trabalham na Odebrecht, responsável pela construção do Itaquerão, e outros dois são funcionários da companhia de locação e operação dos guindastes, a empresa Locar.

O delegado afirmou que “o solo não resistiu ao peso e ocorreu uma depressão”. Cruz acrescentou ainda que uma perícia mais rigorosa indicaria que o solo não aquentaria o peso do guindaste sem reforço adicional. A denúncia, baseada em laudo do Instituto de Criminalística, agora será analisada pelo Ministério Público e os envolvidos podem pegar de um a três anos de prisão.

A Odebrecht afirma que suas análises, produzidas por um estudo independente, apontaram que o solo não cedeu no momento da operação do guindaste.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a construtora afirmou que “discorda dos fundamentos da determinação de indiciamento de seus funcionários e se manifestará em detalhes quando do encerramento do Inquérito Policial, aguardando serenamente que todas as provas técnicas produzidas ainda sejam melhor avaliadas, dada sua alta complexidade”.

No dia 27 de novembro do ano passado, o guindaste tombou no momento em que fazia o erguimento da última peça da cobertura da arquibancada. O tombamento da estrutura de 420 toneladas causou a morte do motorista Fábio Luiz Pereira, de 41 anos, e do montador Ronaldo Oliveira dos Santos, de 43, ambos funcionários terceirizados.

Em março deste ano, outro operário morreu na obra do Itaquerão. Fabio Hamilton da Cruz trabalhava na montagem das arquibancadas provisórias necessárias para a abertura da Copa. As investigações desse caso ainda não foram concluídas.

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