O Distrito Federal não terá nenhum legado na parte de transporte público com a Copa do Mundo de 2014

O Distrito Federal não terá VLT, ou qualquer obra de transporte público, pronta para a Copa do Mundo de 2014. A decisão foi oficializada nesta sexta-feira (28/9) através de portaria publicada no Diário Oficial da União.

O Governo do Distrito Federal pediu a exclusão da obra da Matriz de Responsabilidades (documento que contém obras programadas para a Copa de 2014 e a responsabilidade pelo financiamento da União, Estados, municípios e do Distrito Federal), por considerar que não há mais tempo hábil para a construção da linha antes do início do campeonato de futebol.

A construção da linha do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) de Brasília começou em 2009 e estava orçada em R$ 276,9 milhões, sendo R$ 263 milhões financiados pela Caixa Econômica Federal e R$ 13,9 milhões pelo governo do Distrito Federal. A obra foi paralisada em abril de 2011 pela Justiça do DF por suspeita de fraude na licitação, ainda durante o governo de José Roberto Arruda, governando do DF que foi caçada em março de 2010.

A linha do VLT ligaria o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek à Asa Sul do plano piloto de Brasília e teria uma extensão de 6,5 quilômetros. Essa era a única obra de transporte público previsto para capital federal.

O governo do Distrito Federal prevê agora a construção de um conjunto de pistas e viadutos ligando o Aeroporto ao início da Asa Sul, para dará maior agilidade ao deslocamento das delegações que virão para a Copa do Mundo de 2014 e para Copa das Confederações de 2013, cujo jogo de abertura será em Brasília. O custo previsto para essas obras é de R$ 100 milhões e serão financiadas pelo governo federal, por intermédio do Ministério das Cidades, com verbas do PAC da Copa, segundo declarações do vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli.

Ainda segundo governo do DF, será realizada uma nova licitação para a construção da linha de VLT, que deverá ficar pronto só após o evento da FIFA.