Baianas poderão vender acarajé nos jogos da Copa das Confederações. Foto:Marcello Casal Jr/ABr

Após quase um ano de polêmica, as tradicionais baianas que vendem acarajé foram autorizadas a comercializar seus produtos durante os jogos da Copa das Confederações. A FIFA, que inicialmente mostrava-se resistente a venda alimentos que não fossem de seus patrocinadores nos arredores dos estádios, cedeu mudou de opinião.

O primeiro indício da mudança de posição oficial aconteceu no último dia 29 de maio, quando a Federação Internacional anunciou as empresas responsáveis por organizar a venda de comidas e bebidas nos estádios para a Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo 2014. No texto do release enviado a imprensa, a FIFA já afirmava que haveria venda de acarajés nos jogos em Salvador e do feijão tropeiro, um tradição no Estádio do Mineirão. A organização também já dava pistas de um acordo com as baianas ao afirmar que as empresas responsáveis pela alimentação estavam “empenhadas em trabalhar com prestadores de serviços locais brasileiros.”.

Uma semana depois, Ney Campello, secretário estadual para assuntos da Copa na Bahia confirmou a liberação. Em entrevista para o jornal Folha de S.Paulo, na quarta-feira (5/6), ele já informava até o local em que as baianas iriam ficar: fora do estádio, mas dentro da área de exclusividade da FIFA.

No dia seguinte a presidente da Associação das Baianas de Acarajé e Mingau do Estado da Bahia (Abam), Rita Santos, anunciava até o valor do quitute dentro da área de FIFA: R$ 6 reais na versão simples e R$ 8 na versão com camarão (dois reais a mais do que nas bancas mais famosas da cidade).

A Abam tenta, desde abril de 2012, conseguir autorização para vender na Fonte Nova e chegou a fazer um protesto durante a inauguração da arena em abril deste ano.