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Fifa define data da nova eleição de sua presidência: 26 de fevereiro

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Comediante Inglês, Simon Brodkin, joga notas falsas em Blatter durante entrevista coletiva. Foto: AFP.

Comediante Inglês, Simon Brodkin, joga notas falsas em Blatter durante entrevista coletiva. Foto: AFP.

Na tarde desta segunda-feira (20/7), a Fifa convocou uma entrevista coletiva para anunciar que a eleição para a sua presidência será realizada no dia 26 de fevereiro de 2016 em congresso extraordinário em Zurique. A eleição será realizada antes do término do mandato de Joseph Blatter, por conta das prisões de dirigentes da Fifa que afetaram a já desgastada reputação da entidade que dirige o futebol.

Logo no início da coletiva de imprensa, um comediante inglês, chamado Simon Brodkin, tentou entregar um maço de notas falsas de dólares para Joseph Blatter, dizendo que eram o pagamento para garantir a eleição da Coreia do Norte como sede da Copa do Mundo de 2026. Em seguida, Brodkin jogou o maço de notas falsas para o alto. Rapidamente, a imagem correu o mundo.

O comediante inglês estava registrado com o nome de Jason Bent, um personagem que ele já havia usado em seus esquetes sobre esportes. Ano passado, ele tentou entrar no avião da seleção inglesa que se dirigia ao Brasil para disputar a Copa do Mundo de 2014.

Datas e candidatos
Segundo o calendário proposto pela Fifa, os interessados em se candidatar à presidência da entidade devem entregar um documento com o apoio de pelo menos cinco confederações nacionais, até o dia 26 de outubro.

Quatro nomes são especulados como possíveis candidatos. O mais forte deles é o francês Michel Platini, ex-jogador e presidente da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa), a mais rica das confederações. Antigo aliado de Blatter, Platini ensaiou concorrer à presidência da Fifa durante a última eleição, realizada no dia 29 de maio, mas preferiu não enfrentar o atual presidente da entidade.

Outro forte candidato é o príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein, que disputou a eleição contra Blatter em maio e conseguiu, pela primeira vez desde 1974, levar a disputa para o segundo turno. Completam a lista Al-Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC) e Zico, ex-jogador do Flamengo e da Seleção Brasileira.

Propostas
Durante a coletiva de imprensa, Blatter voltou a reafirmar a lista de propostas para mudar a estrutura da entidade que havia mencionado no dia 2 de junho,quando anunciou que sairia do cargo logo após uma nova eleição.

Entre as propostas estão: limitar o número de mandatos para todos os dirigentes; diminuir o número de membros no Comitê Executivo da Fifa; e acabar com os membros natos (indicados pelas confederações).

Na coletiva, ele defendeu que essas reformas precisam ser adotadas pelas entidades filiadas à Fifa. “Não podemos ser responsabilizados pelas ações de seis confederações regionais e 209 federações nacionais”, afirmou Blatter.

De acordo com ele, a Fifa passará a adotar como parâmetro na análise das sedes de suas competições dois documentos produzidos por entidades ligadas à Organização das Nações Unidas: o Guia de Princípios sobre Empresas e Direitos Humanos e o estudo Medidas de Prevenção à Corrupção em Grandes Eventos Públicos.

Ausência de Del Nero
Blatter também respondeu a um repórter brasileiro sobre a ausência de Marco Polo Del Nero, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na reunião do Comitê Executivo da Fifa que definiu o calendário da eleição: “Isso é um problema dele. E não teve influência sobre o que foi decidido na reunião”.

O presidente da CBF é um dos possíveis investigados pela Justiça americana na operação que prendeu oito dirigentes da Fifa, inclusive o brasileiro José Maria Marin. Em nota, Del Nero afirmou que permaneceu no Brasil para cuidar de assuntos importantes para a CBF, como a CPI do Futebol no Senado e a aprovação da medida provisória sobre as dívidas dos clubes.

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