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Curitiba e Paraná ainda têm muito que o fazer para melhorar a transparência das obras para a Copa 2014

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Os gastos de Curitiba e do Estado do Paraná com as obras da Copa do Mundo do ano que vem ainda não são totalmente transparentes, segundo os dados dos Indicadores de transparência apresentado pelo Instituto Ethos durante o seminário Transparência na Copa 2014 em Curitiba: Como Está Esse Jogo?, que integrou a programação do Fórum Transparência e Competitividade, promovido pelo Sistema FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e pelo Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (Unitar). O levantamento, feito por meio do projeto Jogos Limpos, apontou a capital paranaense com apenas 15,24 em uma escala que vai até 100. O Estado foi um pouco melhor, mas ainda abaixo dos 50%, com 42,15.

Conheça todas as notas dos Indicadores de Transparência

Na avaliação de Angélica Rocha, coordenadora nacional do projeto Jogos Limpos, a nota baixa obtida por Curitiba se deve “à falta de uma sala física de transparência, dificuldade de localizar as informações no site, portal com difícil navegabilidade, inexistência de audiências públicas e sem uma ouvidoria institucionalizada”.

Já o governo Estadual teve uma avaliação apenas mediana, entre outros motivos, pois não realizou audiências públicas das obras sob sua responsabilidade e disponibiliza poucas informações no site. “Por outro lado, o Paraná teve a ouvidoria mais bem avaliada, atendendo a 100% dos critérios da avaliação”, explicou Rocha.

Rocha participou da segunda mesa de debate do seminário, junto com o vice-presidente da FIEP, Hélio Bampi; a coordenadora do projeto Jogos Limpos, Angélica Melo e os analistas de finanças e controle da Controladoria Geral da União (CGU) do Paraná Anderson da Silva Sanches e Eduardo De Biaggi.

A coordenadora do projeto Jogos Limpos entende que todos os governos ainda têm muito que avançar nas ações de transparência, em especial na questão de como divulgar os dados de maneira didática e de fácil compreensão. “Hoje ainda estamos brigando pela disponibilização dos documentos, do PDF ou mesmo das planilhas com dados brutos. Mas esses dados são de difícil interpretação pela população”, declarou.

Anderson Sanches, da CGU, compartilha dessa avaliação. Segundo ele, os portais de transparência ainda têm muitas falhas, o que dificulta o controle social. “As melhores formas de acompanhamento dos investimentos ainda não são os portais de transparência, infelizmente. As melhores informações que nós obtemos ainda são com os ofícios que enviamos aos órgãos responsáveis pelas obras. E essa é uma ação a população não consegue realizar.”

Sanches explicou que a CGU acompanha apenas os investimentos com origem federal, mas que a situação no Paraná é facilitada pela ação também da Caixa Econômica Federal, responsável por todos os financiamentos no Estado. Segundo ele, a equipe de auditoria da Caixa garante que “o que está construído é o que está pago”, diminuindo as chances de desvios.

Veja como foi a primeira parte do seminário, com o tema “Qual o legado que a Copa do Mundo deixará para Curitiba e para o Paraná”.

Uma resposta a Curitiba e Paraná ainda têm muito que o fazer para melhorar a transparência das obras para a Copa 2014

  1. vanessa disse:

    a copa é uma vergonha ………….abram suas mentes e não deixem q o governo destrua o parana

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