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Comitê Olímpico lança Plano de Sustentabilidade dos Jogos Rio 2016

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Leonardo Gryner

Leonardo Gryner, Diretor Geral de Operações do Rio 2016, durante o lançamento do Plano de Gestão da Sustentabilidade dos Jogos Rio 2016. Foto: Alex Ferro/Rio 2016

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos lançou nesta segunda-feira (19/8), o Plano de Gestão da Sustentabilidade dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. O documento foi elaborado pelo comitê organizador em parceria com os três níveis de governo e traz compromissos assumidos por cada um deles na área de sustentabilidade.

O Plano de Gestão da Sustentabilidade Rio 2016 foi elaborado em conjunto pelo Comitê Organizador, Empresa Olímpica Municipal, Escritório de Gerenciamento de Projetos do Governo do Estado, Autoridade Pública Olímpica e Governo Federal. O acompanhamento do plano será feito por relatórios que utilizam a metodologia GRI (Global Reporting Initiative) e terão a supervisão do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

O documento é organizado com base no documento da candidatura do Rio de Janeiro para receber os Jogos Olímpicos e as suas ações estão organizadas em torno de três grandes grupos, chamados de pilares que são detalhados em nove eixos temáticos:

  • Planeta (Pegada ambiental reduzida): Transporte e Logística; Desenho e Construção Sustentável; Conservação e Recuperação Ambiental; Gestão de Resíduos;
  • Pessoas: Engajamento e Conscientização; Acessibilidade Universal; Diversidade e Inclusão;
  • Prosperidade: Cadeia de Suprimentos Sustentável; Gestão e Reporte.

As ações listadas no plano contam sempre com uma descrição, o responsável por sua realização ou acompanhamento e indicadores de verificação.

No Eixo Transporte e Logística, por exemplo, estão listadas tanto propostas como racionalizar as operações de logística na construção dos equipamentos para os jogos olímpicos até as obras para melhorar a infraestrutura de transporte público feita pelos governos municipal e estadual. Nessa lista de obras de mobilidade aparece inclusive a construção do BRT da Transcarioca, que é listado também na Matriz de Responsabilidades para a Copa do Mundo de 2014.

O Comitê Organizador apresenta alguns compromissos importantes no relatório. Um deles é a publicação de relatórios no formato GRI, a metodologia mais usada no mundo para esse tipo de documento. O primeiro relatório deve ser publicado no primeiro trimestre de 2014, relatando as atividades dos anos de 2012 e 2013. Seguindo o modelo GRI de publicação bianual, o segundo relatório sairá no primeiro semestre de 2016 e o ultimo em 2017, consolidando todas as informações do período de organização e realização da Olimpíada do Rio.

O Comitê Organizador se comprometeu com a publicação periódica dos relatórios de gestão de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e também construir todos os equipamentos esportivos com certificado Leed concedido para edificações de baixo impacto no meio ambiente.

Transparência
O Plano segue as normas da ABNT NBR ISO 20121 para sistemas de gestão de sustentabilidade em eventos. Essa norma lista quatro princípios: Responsabilidade, Inclusão, Integridade e Transparência. No entanto, as ações de transparência são tímidas.

“Apesar do Plano falar em transparência como uma parte integrante da sustentabilidade, o que é positivo, as ações listadas incluem apenas compromissos com a transparência do próprio relatório e não com o processo inteiro de realizar os jogos”, avalia Angélica Rocha, do Instituto Ethos e Coordenadora Nacional do projeto Jogos Limpos Dentro e Fora dos Estádios.

Supervisão do PNUMA
Na cerimônia de lançamento, o Comitê Organizador também anunciou a parceria com o PNUMA para supervisionar a implantação do plano. A diretora do programa no Brasil, Denise Hamú, disse que os técnicos “vão ver as estimativas, vão rever as metas, vão sentar e conversar, trocar umas ideias, falar o que não deu certo em tal lugar, trazer a troca de experiências, então, essa é a tarefa do Pnuma, ficar junto, mas separado, ao mesmo tempo, com uma visão crítica e de colaboração”.

O diretor-geral de operações do Comitê Organizador, Leonardo Gryner, afirma que a participação do Pnuma é fundamental para validar o processo. “Ter uma referência externa é fundamental para dar credibilidade ao processo. Além da área de educação, de engajamento com a sociedade, mas principalmente pelo aspecto técnico, a credibilidade que traz, o conhecimento e a experiência deles”.

Leia o Plano de Gestão da Sustentabilidade dos Jogos Rio 2016 na íntegra

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