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COI lança canal para receber denúncias de corrupção e adulteração de resultados

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Comitê Olímpico Internacional divulga remuneração de seus conselheiros. O presidente, Thomas Bach, recebe € 225 mil por ano. Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

Comitê Olímpico Internacional divulga remuneração de seus conselheiros. O presidente, Thomas Bach, recebe € 225 mil por ano. Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

Está no ar, desde do dia 13 de abril, um canal criado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para receber denúncias sobre corrupção e adulteração de resultados. Qualquer pessoa pode registrar uma queixa pela internet. De acordo com o COI, a ferramenta garante o sigilo para o denunciante.

Qualquer infração ao Código de Ética do Movimento Olímpico será analisada pelo COI. Entre as ações que são proibidas pelo documento está o recebimento ou pagmento de propina ou suborno. No segundo capítulo do Código de Ética, que tem o título “Integridade”, está escrito:

“As entidades Olímpicas ou os seus representantes não devem, direta ou indiretamente, solicitar, aceitar ou oferecer qualquer forma de remuneração ou comissão, nem qualquer benefício oculto ou serviço de qualquer natureza, relacionados com a organização dos Jogos Olímpicos.”

A explicação do canal de denúncias, no entanto, deixa claro que questões ligadas à doping ou a condutas antiéticas no futebol devem ser encaminhadas para seus canais específicos.

A ação faz parte da Agenda 2020, proposta do atual presidente do COI, Thomas Bach, para diminuir os gastos com a realização dos Jogos Olímpicos, democratizar os órgãos de decisão olímpicos e reverter os problemas de reputação do movimento olímpico.

Por e-mail, a assessoria de imprensa do COI afirmou que “atualmente não há planos” para fazer uma divulgação sobre o canal de denúncias no Brasil. A organização esportiva também informou que o seu departamento de Ética e Compliance será o responsável pelas análises das denúncias quando forem recebidas, mas que ainda não foi definido um fluxo de como elas serão tratadas e em que o prazo para as respostas serão fornecidas. “O tempo de análise do departamento de Ética e Compliance dependerá da complexidade da informação revelada”, declarou o COI por meio da assessoria.

Integridade no Esporte
O lançamento do canal de denúncias aconteceu durante a realização do primeiro Fórum Internacional para Integridade no Esporte (IFSI, por sua sigla em inglês), que foi realizado no dia 13 de abril em Lausanne, na Suíça.

Após o encontro, o IFSI lançou a sua plataforma de ação, que se divide em três frentes (clique nos links e leia o detalhamento das propostas em inglês):

Além de organizações esportivas, o IFSI congrega também entidades governamentais (como a União Europeia, o Ministério da Cultura, Comunicação e Esporte da Grã-Betenha e o Ministério do Esporte da França), órgãos multilaterais (como o Conselho da Europa, a Organização das Nações Unidas), organizações policiais transnacionais (Interpol e Europol). Não houve participação de nenhuma entidade brasileira ou sul-americana no primeiro IFSI.

Valores dos salários dos membros do COI
Durante o IFSI, o COI aproveitou também para publicar a sua política de remuneração de conselheiros. A divulgação também faz parte das propostas da Agenda 2020 de promoção de transparência da entidade. De acordo com um documento do Comitê de Ética do COI, os membros de seus conselhos, sejam eles titulares ou honorários, recebem por ano US$ 7 mil como verba administrativa, além de diárias de US$ 450 sempre que estiverem em missões oficiais. As passagens e hospedagem são pagas pelo COI.

Já Thomas Bach, o presidente da entidade, não recebe diárias nem a verba administrativa mas uma verba anual de € 225 mil, em “virtude de sua dedicação integral nos 365 dias por ano”.

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