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“Aumenta o interesse das empresas pelo tema da integridade”, afirma Jorge Abrahão

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No último dia 10 de fevereiro, ocorreu na sede do Instituto Ethos a primeira reunião de 2015 do Grupo de Trabalho do Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção. Estiveram no encontro representantes da Alstom, Banco do Brasil, Bionexo, BRF, Central Unimed, CPFL Energia, Datanext Informática, Duratex, Fesa, GranBio, Grupo Libra, Home Carbon, ICTS, Machado Meyer, Nike, Nissan, Patri, Petrobras, PwC, Report Sustentabilidade, Sanasa, Shell, Siemens, Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados, Totvs, Unimed do Brasil, Walmart e WFaria Advogados.

Jorge Abrahão, diretor-presidente do Instituto Ethos, abriu o evento falando sobre o atual contexto político e social do Brasil e as ações que o Instituto Ethos tem promovido para o combate à corrupção. “Há uma expectativa elevada em relação ao que este grupo de trabalho vem desenvolvendo, principalmente diante do cenário em que nos encontramos nos dias de hoje”, disse.

Abrahão ressaltou que o interesse pelo tema da integridade tomou grandes proporções nos últimos anos, sobretudo depois das manifestações de junho de 2013 e, recentemente, com a veiculação do envolvimento de empreiteiras e órgãos estatais em um grande esquema de desvio e lavagem de dinheiro deflagrado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.

Um levantamento feito pelo Datafolha, para o qual foram entrevistadas 812 pessoas que vivem no Estado de São Paulo, apontou o combate à corrupção como o terceiro tema mais importante entre as políticas públicas da alçada do governo federal, abrangendo 11% dos entrevistados e perdendo apenas para a saúde (52%) e a educação (19%).

No âmbito corporativo, o Instituto Ethos vem desenvolvendo ações para estimular um comportamento de integridade e ética nas empresas, como o Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção. O acordo constitui um conjunto de compromissos a serem assumidos pelas organizações signatárias, os quais se voltam basicamente para a promoção da transparência, a divulgação da legislação brasileira anticorrupção a funcionários e stakeholders e a fiscalização mais rigorosa de práticas que possam ferir princípios éticos e legais.

O diretor-presidente ainda discorre sobre o posicionamento do Ethos perante as investigações, na Operação Lava-Jato, de quatro empresas associadas ao instituto: as empreiteiras Camargo Côrrea, Iesa Óleo e Gás, OAS e Odebrecht. Para avaliar as medidas a tomar, foi enviado um ofício a cada organização buscando esclarecimentos. Com base nas respostas obtidas, o Conselho Deliberativo do Instituto Ethos analisará o caso. “Queremos contribuir para a evolução das empresas que demonstrarem materialidade nesse processo de criação de sistemas de controle interno à corrupção”, afirma Abrahão.

No final do evento, foi feita uma oficina sobre os Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis, a cargo de Juliana Soares, coordenadora de Práticas Empresariais do Instituto Ethos. O objetivo da iniciativa foi avaliar os principais pontos relacionados à integridade e ao combate à corrupção. O objetivo, no médio prazo, é integrar a plataforma de monitoramento do Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção com os Indicadores Ethos.

Por Talitha Paratela

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