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Aeroporto no Rio Grande do Norte, primeiro concedido a iniciativa privada, pode não ficar pronto para a Copa

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Governadora Rosalba Ciarlini Rosado durante o leilão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante Foto: BM&FBovespa/Divulgação

A concessão para construção e administração do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal (RN), foi leiloada nesta segunda-feira por R$ 170 milhões. Esse foi o primeiro aeroporto de grande porte cedido à iniciativa privada no Brasil. Apesar de estar entre as obras previstas para a Copa do Mundo, o contrato permite que o consórcio vencedor entregue as obras dois meses após do final do evento.

O leilão, realizado na Bolsa de Valores de São Paulo,

foi vencido pelo consórcio Infra-America, que composto pela empreiteira Engevix e o conglomerado argentino Corporación América, que opera aeroportos na Argentina e em outros países. As empresas têm 50% cada da Infra-America.

O lance inicial, definido pelo governo, era de R$ 51,7 milhões, a proposta final representou um ágio de ágio de 228,82%. O Infra-América prevê investir, até a Copa do Mundo de 2014, cerca de R$ 370 milhões na construção do terminal de passageiros. Esse valor chegará a R$ 650 milhões na segunda etapa da obra. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode financiar até 70% desse valor, aproximadamente R$ 455 milhões.

Em troca do término da obra, o consórcio poderá receber pela prestação dos serviços do aeroporto por 25 anos, prorrogáveis por mais cinco.

Copa do Mundo de 2014
A construção do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante faz parte da Matriz de Responsabilidade para a Copa de Natal, documento assinado pelos governos federal, estadual e municipal com as obrigações de cada esfera para a realização do mundial de futebol no Brasil.

Mas pelo cronograma apresentado hoje pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) , o aeroporto pode ficar pronto quase dois meses depois do final do evento. O prazo para a homologação do resultado, que compreende a aprovação dos documentos do consórcio pela ANAC e o julgamento de todos os possíveis recursos, é dia quatro de outubro deste ano. A partir dessa data, a concessionária teria 36 meses para terminar a primeira fase das obras, em outubro de 2014.

A Secretaria de Aviação Civil (SAC) já trabalha com essa hipótese, por isso deu início as obras de ampliação na capacidade do aeroporto internacional de Natal, o Augusto Severo, cuja a capacidade passaria de 4,2 milhões para 5,8 milhões passageiros por ano, com custo de R$ 20 milhões.

O executivo da Engevix no Brasil José Antunes Sobrinho disse que, depois da assinatura do contrato, em novembro, o Inframérica terá 36 meses para construir, entregar e dar início às operações do terminal. “Dentro do prazo da concessão para executar a obra nós vamos tentar fazer o mais rápido possível. É nosso interesse ter o aeroporto operacional no momento em que vai ter pico de tráfego, exatamente na Copa do Mundo”.

As obras no aeroporto de São Gonçalo começaram em 1999, quando o exército brasileiro iniciou a desmatar o terreno. Hoje, após quase 12 anos e mais de R$ 45 milhões de reais gastos, o que existe no local é uma pista de cerca de três quilômetros de extensão.

Próximos aeroportos privatizados
De acordo com o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, a modelagem para os próximos leilões ainda está sendo elaborada, mas está definido que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) terá até 49,9% do capital dos aeroportos privatizados de Guarulhos, Viracopos e Brasília, que devem ir a leilão em breve. “Esses aeroportos são distintos, este [São Gonçalo do Amarante] é novo e os outros já tem participação da Infraero. Todos têm potencial de crescimento e são rentáveis. A modelagem ainda está sendo feita, não estão definidos os parâmetros. Em setembro isso deve ter avançado”, disse Bittencourt.

2 respostas a Aeroporto no Rio Grande do Norte, primeiro concedido a iniciativa privada, pode não ficar pronto para a Copa

  1. Anizio Borges de Siqueira disse:

    Conheço a construção de aeroporto e sei do tempo que se leva para executar as obras e suas instalações.
    E mister que se cumpra o cronograma de execução, mas existe motivos de força maior que impede alguns avanços na execução:
    Tais como fenômenos metereólogicos, disponibilidade de energia elétrica pela concessionaria local, atraso no repasse de verbas…etc.
    Há mudanças na concepção do projeto em sua execução. fatos como estes e outros certamente contribuem para retardamento da conclusão das obras.
    A titulo de exemplo, o Aeroporto internacional Augusto Severo, começou a sua reforma e ampliação em 1996 e foi concluido em outubro de 2002 com a climatização total do terminal de passageiros.
    Este relato feito foi porque eu trabalhei nesse Aeroporto no periodo de 1997 a outubro de 2002.

  2. Marlene disse:

    Penso que essa empresa deve contratar pessoas formadas em turismo para divulgarem e ampliarem a rede de turismo dessa belça região. Mesmo que o aeroporto demore a ser concluído, vale a pena investir na boa propaganda.]

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